sábado, 11 de fevereiro de 2012

Dentro de seu carro, ela disse:
- Segure a minha mão, eu estou indo embora e vc nunca mais irá me ver ou tocar, acabou.
Foi algo triste, talvez a despedida mais triste de sua vida.
A dor foi tamanha, chegou a se transformar em dor física.
Um buraco dentro do seu peito, faltou forças, era como se estivesse se afogando.
Como recomeçar ?
Como se acostumar a nova vida ?
Ninguém morre de amor, mas desta vez não pode negar que realmente doeu, foi avassalador.
Chorou por muito tempo, mesmo sem querer.
Não conseguia encarar o dia, a noite, a rua, porque se respirasse um pouco mais fundo, as lágrimas caíam.
Como é fácil começar e difícil terminar.
Sempre um acaba se machucando e desta vez ela foi a premiada.
Mesmo doendo, a vida não pára.
Ela continuou a caminhar e optou por confiar mais uma vez na vida e deu certo.
Um ano se passou e hoje esta dor acaba sendo lembrada porque psicológicamente as datas puxam certas lembranças.
Lembranças que a cada dia ficam mais distantes, porque a vida é assim.
Nenhuma dor perdura, da noite vem o dia e com ele uma nova sintonia junto ao Universo.
Eu sobrevivi e espero nunca mais repetir a experiência.
Não nasci para sentir dor, definitivamente !

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