quinta-feira, 27 de setembro de 2012


SALVE COSME E DAMIÃO !!!

Li este texto em um blog e achei muito interessante:

AS CRIANÇAS NA UMBANDA

Potência dos puros ou da pureza.

São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces.

Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também tem funções bem específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás.

Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessário muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida. É comum em uma gira de criança, ver um médium “cambaleando” antes de incorporar inteiramente, isso se dá devido a “disputa” que estes espíritos travam para ver quem incorpora primeiro, bem típico desta linha.

Os “meninos” são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as “meninas” são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc… Estas características, que as vezes nos passam desapercebido, são sempre formas que eles tem de exercer uma função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência.

Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente é atendido de maneira bastante rápida. 

Entretanto a cobrança que elas fazem dos presentes prometidos também é. Nunca prometa um presente a uma criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a “brincadeira” (cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão “engraçada” assim.

São a alegria que contagia a Umbanda; são a pureza, a inocência e, por isso mesmo, os detentores da verdadeira magia, extremamente respeitados pelos Caboclos e pelos Pretos-Velhos.

A respeito das crianças desencarnadas, passamos a adaptar um interessante texto de Leadbeater, do seu livro “O que há além da Morte”.

“A vida das crianças no mundo espiritual é de extrema felicidade. O espírito que se desprende de seu corpo físico com apenas alguns meses de idade, não se acostumou a esse e aos demais veículos inferiores, e assim a curta existência que tenha nos mundos astral e mental lhe será praticamente inconsciente. Mas o menino que tenha tido alguns anos de existência, quando já é capaz de gozos e prazeres inocentes, encontrará plenamente nos planos espirituais as coisas que deseje. A população infantil do mundo espiritual é vasta e feliz, a ponto de nenhum de seus membros sentir o tempo passar. As almas bondosas que amaram seus filhos continuam a amá-los ali, embora as crianças já não tenham corpo físico e acompanham-nas em seus brinquedos ou em adverti-las a evitar aproximarem-se de quadros pouco agradáveis do mundo astral.”

“Quando nossos corpos físicos adormecem, acordamos no mundo das crianças e com elas falamos como antigamente, de modo que a única diferença real é que nossa noite se tornou dia para elas, quando nos encontram e falam, ao passo que nosso dia lhes parece uma noite durante a qual estamos temporariamente separados delas, tal qual os amigos se separam quando se recolhem à noite para os seus dormitórios. Assim, as crianças jamais acham falta do seu pai ou mãe, de seus amigos ou animais de estimação, que durante o sono estão sempre em sua companhia como antes, e mesmo estão em relações mais íntimas e atraentes, por descobrirem muito mais da natureza de todos eles e os conhecerem melhor que antes. E podemos estar certos de que durante o dia elas estão cheias de companheiros novos de divertimento e de amigos adultos que velam solicitamente por elas e suas necessidades, tomando-as intensamente felizes.”

Assim é a vida espiritual das crianças que desencarnaram e aguardam, sempre felizes, acompanhadas e protegidas, uma nova encarnação. É claro que essas crianças, existindo dessa maneira, sentem-se profundamente entristecidas e constrangidas ao depararem-se com seus pais, amigos e parentes lamentando suas mortes físicas com gritos de desespero e manifestações de pesar ruidosas que a nada conduzem. O conhecimento da vida espiritual nos mostra que devemos nos controlar e nos apresentar sempre tranqüilos e seguros às crianças que amamos e que deixaram a vida física. Isso certamente as fará mais felizes e despreocupadas.

Torna-se necessário informar, antes de prosseguirmos, que as entidades que trabalham na Umbanda são espíritos que já cessaram o seu ciclo de encarnações, e isso inclui as crianças. O fato de se apresentarem como crianças nas incorporações e na vidência nos mostra apenas que desencarnaram bem jovens da sua última vida física. Reencarnarão somente se lhe forem solicitados os seus préstimos novamente no plano terreno, por necessidade própria ou de terceiros, a quem vêm ajudar em seu desenvolvimento e evolução espiritual.

É freqüente nos perguntarem se as crianças continuam seu crescimento na vida espiritual depois da morte física. Alguns espíritas não alimentam dúvidas a esse respeito e aduzem numerosos exemplos de crianças que, anos depois de mortas, apareceram a seus pais tão mudadas que estes não as reconheceram. Mas nós, sabendo que a alma que abandonou um corpo infantil e vai reencarnar, o faz dentro de um período relativamente curto, nos inclinamos mais a receber com incredulidade tais informações, por não concordarmos com elas. Não devemos esquecer o fato de que qualquer entidade astral pode amoldar à sua vontade um veículo para si e aparecer a outrem como bem entender.

Disso resulta que as crianças mortas há tempo suficiente para se imaginarem o que desejariam ser quando crescidas, podem mostrar-se como tais em seu pensamento e assim crescer com grande rapidez. Nestas condições, seu corpo astral apareceria segundo a sua concepção, e se fossem auxiliadas a materializá-lo, exibiriam o fenômeno do crescimento a seus admirados amigos. No entanto, tal crescimento é apenas aparente e jamais corresponde ao crescimento natural do corpo físico. Não há, portanto, dúvida de que o desejo de um menino de chegar a ser homem, determina o aparente crescimento de seu corpo nas materializações, anos depois de sua morte.

Devemos lembrar também que o corpo causal que reveste o espírito nas subdivisões superiores do plano mental, antes da sua reencarnação, é sem forma. Portanto, a forma não é importante na entidade que já venceu o ciclo de reencarnações e a evolução espiritual das crianças nada tem a ver com o seu “crescimento” nos planos espirituais, pois esse crescimento só existe no nosso limitado mundo físico. 

Criança evolui, mas não cresce.

Os Erês são a energia de sublimação de Pai Oxalá, o último estágio de evolução antes das Câmaras de centrifugação. É errado achar que por se apresentarem como crianças essas entidades tenham menos força ou menos evolução que as demais. É exatamente o contrário. Esses espíritos são a própria alegria. Gostam de tudo que uma criança gosta, bala, guaraná, doces, brincadeiras, mel, brinquedos.

Não devem ser confundidos com Exú Mirim (Exú adulto de uma determinada falange do Comando dos Exús) e nem com os Meninos da Poeira (crianças da primeira faixa de evolução, comandados pelo Exú Calunga). Os Meninos da Poeira gostam de algazarra, não se misturam com os Erês. Eles devem ser tratados na tronqueira, especialmente, em dia de festa dos Erês. Deve-se ofertar 7 velas azuis-escuro, 7 moedas sem validade e 1 copo de pinga com groselha.

Usamos a bala de coco nas obrigações por causa do alto teor de glicose que atua como uma bateria de força para o médium.

Os Erês tem sua correspondência nos reinos de Pai Oxalá:

» Cosme: força das águas salgadas
» Damião: força das águas doces
» Doum: força das matas
» Crispim: força do tempo
» Crispiniano: força do calor

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