SALVE COSME E DAMIÃO !!!
Li este texto em um blog e achei muito interessante:
AS CRIANÇAS NA UMBANDA
Potência dos puros ou da pureza.
São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por
continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade,
incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram
espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem
características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de
criança, o gosto por brinquedos e doces.
Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também tem funções
bem específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás.
Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fazer
brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessário muita
concentração do médium (consciente), para não deixar que estas
brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida. É comum em uma
gira de criança, ver um médium “cambaleando” antes de incorporar
inteiramente, isso se dá devido a “disputa” que estes espíritos travam
para ver quem incorpora primeiro, bem típico desta linha.
Os “meninos” são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as
“meninas” são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e
gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc…
Estas características, que as vezes nos passam desapercebido, são sempre
formas que eles tem de exercer uma função específica, como a de
descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência.
Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente é atendido de
maneira bastante rápida.
Entretanto a cobrança que elas fazem dos
presentes prometidos também é. Nunca prometa um presente a uma criança e
não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a “brincadeira”
(cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão
“engraçada” assim.
São a alegria que contagia a Umbanda; são a pureza, a inocência e,
por isso mesmo, os detentores da verdadeira magia, extremamente
respeitados pelos Caboclos e pelos Pretos-Velhos.
A respeito das crianças desencarnadas, passamos a adaptar um
interessante texto de Leadbeater, do seu livro “O que há além da Morte”.
“A vida das crianças no mundo espiritual é de extrema felicidade. O
espírito que se desprende de seu corpo físico com apenas alguns meses de
idade, não se acostumou a esse e aos demais veículos inferiores, e
assim a curta existência que tenha nos mundos astral e mental lhe será
praticamente inconsciente. Mas o menino que tenha tido alguns anos de
existência, quando já é capaz de gozos e prazeres inocentes, encontrará
plenamente nos planos espirituais as coisas que deseje. A população
infantil do mundo espiritual é vasta e feliz, a ponto de nenhum de seus
membros sentir o tempo passar. As almas bondosas que amaram seus filhos
continuam a amá-los ali, embora as crianças já não tenham corpo físico e
acompanham-nas em seus brinquedos ou em adverti-las a evitar
aproximarem-se de quadros pouco agradáveis do mundo astral.”
“Quando nossos corpos físicos adormecem, acordamos no mundo das
crianças e com elas falamos como antigamente, de modo que a única
diferença real é que nossa noite se tornou dia para elas, quando nos
encontram e falam, ao passo que nosso dia lhes parece uma noite durante a
qual estamos temporariamente separados delas, tal qual os amigos se
separam quando se recolhem à noite para os seus dormitórios. Assim, as
crianças jamais acham falta do seu pai ou mãe, de seus amigos ou animais
de estimação, que durante o sono estão sempre em sua companhia como
antes, e mesmo estão em relações mais íntimas e atraentes, por
descobrirem muito mais da natureza de todos eles e os conhecerem melhor
que antes. E podemos estar certos de que durante o dia elas estão cheias
de companheiros novos de divertimento e de amigos adultos que velam
solicitamente por elas e suas necessidades, tomando-as intensamente
felizes.”
Assim é a vida espiritual das crianças que desencarnaram e aguardam,
sempre felizes, acompanhadas e protegidas, uma nova encarnação. É claro
que essas crianças, existindo dessa maneira, sentem-se profundamente
entristecidas e constrangidas ao depararem-se com seus pais, amigos e
parentes lamentando suas mortes físicas com gritos de desespero e
manifestações de pesar ruidosas que a nada conduzem. O conhecimento da
vida espiritual nos mostra que devemos nos controlar e nos apresentar
sempre tranqüilos e seguros às crianças que amamos e que deixaram a vida
física. Isso certamente as fará mais felizes e despreocupadas.
Torna-se necessário informar, antes de prosseguirmos, que as
entidades que trabalham na Umbanda são espíritos que já cessaram o seu
ciclo de encarnações, e isso inclui as crianças. O fato de se
apresentarem como crianças nas incorporações e na vidência nos mostra
apenas que desencarnaram bem jovens da sua última vida física.
Reencarnarão somente se lhe forem solicitados os seus préstimos
novamente no plano terreno, por necessidade própria ou de terceiros, a
quem vêm ajudar em seu desenvolvimento e evolução espiritual.
É freqüente nos perguntarem se as crianças continuam seu crescimento
na vida espiritual depois da morte física. Alguns espíritas não
alimentam dúvidas a esse respeito e aduzem numerosos exemplos de
crianças que, anos depois de mortas, apareceram a seus pais tão mudadas
que estes não as reconheceram. Mas nós, sabendo que a alma que abandonou
um corpo infantil e vai reencarnar, o faz dentro de um período
relativamente curto, nos inclinamos mais a receber com incredulidade
tais informações, por não concordarmos com elas. Não devemos esquecer o
fato de que qualquer entidade astral pode amoldar à sua vontade um
veículo para si e aparecer a outrem como bem entender.
Disso resulta que as crianças mortas há tempo suficiente para se
imaginarem o que desejariam ser quando crescidas, podem mostrar-se como
tais em seu pensamento e assim crescer com grande rapidez. Nestas
condições, seu corpo astral apareceria segundo a sua concepção, e se
fossem auxiliadas a materializá-lo, exibiriam o fenômeno do crescimento a
seus admirados amigos. No entanto, tal crescimento é apenas aparente e
jamais corresponde ao crescimento natural do corpo físico. Não há,
portanto, dúvida de que o desejo de um menino de chegar a ser homem,
determina o aparente crescimento de seu corpo nas materializações, anos
depois de sua morte.
Devemos lembrar também que o corpo causal que reveste o espírito nas
subdivisões superiores do plano mental, antes da sua reencarnação, é sem
forma. Portanto, a forma não é importante na entidade que já venceu o
ciclo de reencarnações e a evolução espiritual das crianças nada tem a
ver com o seu “crescimento” nos planos espirituais, pois esse
crescimento só existe no nosso limitado mundo físico.
Criança evolui,
mas não cresce.
Os Erês são a energia de sublimação de Pai Oxalá, o último estágio de
evolução antes das Câmaras de centrifugação. É errado achar que por se
apresentarem como crianças essas entidades tenham menos força ou menos
evolução que as demais. É exatamente o contrário. Esses espíritos são a
própria alegria. Gostam de tudo que uma criança gosta, bala, guaraná,
doces, brincadeiras, mel, brinquedos.
Não devem ser confundidos com Exú Mirim (Exú adulto de uma
determinada falange do Comando dos Exús) e nem com os Meninos da Poeira
(crianças da primeira faixa de evolução, comandados pelo Exú Calunga).
Os Meninos da Poeira gostam de algazarra, não se misturam com os Erês.
Eles devem ser tratados na tronqueira, especialmente, em dia de festa
dos Erês. Deve-se ofertar 7 velas azuis-escuro, 7 moedas sem validade e 1
copo de pinga com groselha.
Usamos a bala de coco nas obrigações por causa do alto teor de glicose que atua como uma bateria de força para o médium.
Os Erês tem sua correspondência nos reinos de Pai Oxalá:
» Cosme: força das águas salgadas
» Damião: força das águas doces
» Doum: força das matas
» Crispim: força do tempo
» Crispiniano: força do calor
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